terça-feira, 18 de março de 2008

Livros e discos de Londres

O périplo de Londres, pelos locais de livros e discos, precisa de guia. O guia fornecido pelo "filhote" e pelo "ié-ié", foi de utilidade certa, para encontrar os lugares exactos. Tal como em Paris, os sítios de venda de discos usados e antigos, se concentram no Quartier Latin, assim em Londres, se concentram alguns dos mais interessantes, em Notting Hill, com descida para Portobello Road.
Ao sair do Tube, com milhentos turistas em busca do mercado ao ar livre, depara-se logo com a imagem desta pequena livraria:


Bem perto, uma série de lojas do género. Na Soul & Dance, arranjei o disco de Smokey Robinson, Smokey, de 1973;


No mesmo sítio, em loja ao lado, vários discos, vistos pela primeira vez: Maria Muldaur e o Waitress in a donut shop, de 74; Chris Hillman e Slippin away, de 1976; Clifford T. Ward e Mantle Pieces, de 1973. Possivelmente, o disco que contribuiu para a vinda do artista, já falecido, a Portugal, no ano de 1974.
Ainda um disco de 75, dos Barclay James Harvest, Time Honoured Ghosts que contém o tema Titles, todo ele em colagem de letras de canções dos Beatles.
Um outro de 1978, de Gerry Rafferty, City to City e que contém, Baker Street.

Este disco de Gerry Rafferty, a par do London Town, é um dos mais memoráveis desse ano de 1978. Música mainstream, é certo. Perto da pop. Mas sempre presente, quando me lembro da época. Tenho o disco em cd e Lp, numa prensagem posterior. Precisava por isso, da original...


As duas imagens que seguem, mostram os sítios onde me perco, com maior facilidade: só depois de passar a pente fino todos, mas todos, os exemplares à vista, é que abandono o local. E que ninguém fale comigo, nessas ocasiões. Costumam ser momentos de transe. Deliciosos, claro.

Esta imagem que segue, é da livraria Hatchard´s, em Picadilly. As estantes à vista, são todas consagradas à música popular. Organizada por ordem alfabética. Não conheço nada mais completo, em lado algum. E ainda assim, faltam coisas.
A Hatchard´s tem cinco ou seus pisos. Como a Hatchard´s, ou quase, há outras livrarias em Londres. Entrei em algumas. É um mundo que Portugal ainda não conhece.

3 comentários:

Rato disse...

Estás mesmo a aguçar-me o apetite, José. E como eu te compreendo e acompanho bem nessas longuissimas procuras onde o tempo parece ficar suspenso: foi um dos motivos pelos quais o CD nunca conseguiu ultrapassar o Vinil - há lá comparação possível entre as duas texturas, formatos, etc.

ié-ié disse...

E um dos prazeres fantásticos - embora pouco higiénicos - é um gajo ficar com as mãos todas sujas de pó pela busca dos vinis e depois vai lavá-las. Parece que se sai de um árduo dia de trabalho...

LT

Edward Soja disse...

Amigo...

E com estas fantásticas fotos me puseste doente...
snif...

Muito bom!