domingo, 13 de julho de 2008

José Almada, o aristocrata da pobreza sublimada



No Verão de 1970, José Almada, então com 19 anos, publicou o seu primeiro disco em modo de apresentação. Tema: os mendigos.

Os mendigos?- perguntarão os intrigados do costume. Sim, os mendigos. Os pobres dos pobres, incluindo os de espírito e estado de vida social. Os que nada têm de seu e de nada precisam dos outros, a não ser a atenção caridosa que passa e mira de soslaio a condição de desgraça, deixando a esmola para a côdea ou para o alívio instantâneo do espírito recolhido em depressão habitual.

Só esta atitude de atenção a uma condição marginal do indivíduo, suscita a curiosidade do passante de escaparate que mira o disco, com capa a retratar um apartado da vida comum.

Nesse ano, no início da década de setenta, um tema tão obnóxio da corrente comum, suscita a atenção de uma editora recém criada, vinda de um programa de televisão de grande qualidade temática, técnica e de audiência. Um programa como poucos houve na televisão portuguesa. O Zip-Zip, nome do programa, animado pela tripla Carlos Cruz, Fialho Gouveia e Raul Solnado e realizado por Luís Andrade, passou durante todo o ano de 1969, de Maio a Dezembro, em plena esperança de mudança na configuração do regime político português da época. Por lá passaram alguns expoentes da cultura portuguesa da época, como Almada Negreiros que inaugurou o programa, ou Agostinho da Silva que foi entrevistado depois, ou artistas como Manuel Freire, da corrente musical que de repente surgiu com a designação de baladeiros.

O Zip, terminou em Dezembro de 1969, por esgotamento na luta contra a censura marcelista do regime, vinda do salazarismo que teimava em não se renovar social e politicamente, conduzindo, anos mais tarde, directamente à Revolução em 25 de Abril de 74.

Os Mendigos e José Almada, chegaram a ter encontro marcado no programa, frustrando-se o evento pelo fim prematuro do programa que iria marcar o futuro de décadas da tv portuguesa que nunca mais foi a mesma.

Mesmo assim, a gravação do primeiro disco de José Almada que continha o tema e ainda outros, com seis fachas de cada lado, intitulou-se Homenagem, sendo publicado pela editora Zip-Zip, com produção de arranjos, espantosa e sóbria de qualidade rara, de Pedro Osório.

O título tema, retoma uma Homenagem incerta, mas de conteúdo lírico, com peso literário de Fausto José, um escritor e poeta da vida de José Almada, tal como o seria o seu próprio pai, autor de letras cantadas e conteúdo que toca a alma. Uma alma da terra nossa, do nosso povo antigo e de tradições seculares.

Homenagem, toca o lirismo do paralelo entre os ricos e poderosos e os desvalidos que acabam por igual, numa campa. Rasa ou de mausoléu, unem-nos a essência do regresso ao pó e a ligação a essa lição fundamental, de raiz cristã ( memento Homine quia pulvi es...). Homenagem, traduz o espírito do essencial, no percurso do Homem: o destino final, percorrido em rituais diversos, mas de conclusões iguais e sem dissemelhanças.

Os temas restantes, no disco, abordam, todos eles, essa realidade insofismável da existência: somos todos mendigos por algo que não logramos alcançar, num destino comum, em que os animais irracionais, participam, em similitude de destino existencial.

A música de José Almada, original e com referências esparsas à música popular da época, numa economia de meios instrumentais, depurada e por vezes austera, compõe-se em melodias de efeito sonoro perfeito e de riqueza inventiva cativante.

A dicção das palavras cantadas, o estilo de cantoria e a junção da música ao lirismo profundo dos temas, tornam este disco, um dos mais fundamentais e importantes da música popular de sempre.

A potencialidade evocativa dos temas, com cadência marcada em acordes simples, atinge por vezes o sentimento de uma profunda corda interior que suscita a emoção pura de uma lágrima furtiva ou o adejo de uma nostalgia implacável que toca experiências vividas ou sentidas como reais.

A música de José Almada, não se explica em palavras correntes, senão por metáforas nem sempre conseguidas, de definição estilística rebuscada para atingir a simplicidade do óbvio: a qualidade superior da música composta em canção.

José Almada, por outro lado, experimentou a realidade de uma vida singular e que na altura da música de Homenagem, apenas tinha perspectivas de desenvolvimento incerto.

Almada descende de portugueses, enraizados no profundo de um Portugal, fundado em antiguidades que nos moldaram a vida comum, ao longo de séculos.

Na família alargada de José Almada, encontramos pessoas que conviveram com o fausto da nobreza, a riqueza dos privilégios régios ou o usufruto de heranças antigas e disputadas em lutas fratricidas e de recorte centenário.

A família e genealogia de José Almada convocam logo a curiosidade de um percurso no Portugal antigo e com raízes nos mais altos estratos de uma sociedade de classes ainda medievais e que surtiram pelos últimos séculos do nosso viver comum.

Esse património genético, alguma coisa deveria comportar, em estilo, modo, resquício de comportamento e educação.

A José Almada, tocou-lhe essencialmente, a herança de um património rico em lirismo, antigo, português, profundo e enraizado em poetas e escritores do nosso viver em comunidade organizada, desde o remoto séc XII.

É provável que o próprio nem se dê conta da herança notável, aceite sem declaração notarial e a benefício de património pessoal intangível, mas de riqueza assinalável. Porém, quem quiser pesquisar o acervo que o disco Homenagem denota nos seus temas, referências líricas, estilísticas, musicais e de simplicidade desarmante, encontra-a toda, lá, nos interstícios das suas canções e no estilo do canto que as anima.


O concerto de Viana do Castelo, em 11.7.2008, pelas 22h e 30.


Alinhamento das canções ( após audição da gravação do espectáculo):


1. Batem leve, levemente- o poema bem conhecido de Augusto Gil, cantado em versão inédita.

2.Olha as ovelhas como são- do Lp Homenagem, uma das suas mais belas canções, em ritmo que adere ao ouvido interno.

3. Hóspede- do primeiro LP e a primeira canção que José Almada compôs, em gravação.

4. Vento Suão, do 2º LP e com letra de Fausto José, poeta já falecido e amigo de José Almada.

5. Oh pastor que choras, tema de José Gomes Ferreira, também cantado por Fausto, na mesma altura e que julgo superior a essa versão do autor de Rosalinda.

6. Em multidão, uma canção nova, em estreia, com letra de José Gomes Ferreira.

7. Cala os olhos, vagabundo, outra do primeiro LP e uma das grandes canções de José Almada, Fabulosa.

8. Vento Irado. Igualmente do primeiro Lp, a canção mais triste e melancólica do cantor, com letra do pai, Luís Guedes Machado.

9. Os anjos cantam, também do primeiro LP e a minha canção preferida, actualmente. Ouço-a vezes sem conta, em todo o lado, principalmente a cantarolar. Uma canção de antologia, com poema de José Gomes Ferreira.

Terminou aqui a primeira parte do espectáculo.

Na segunda parte:

1.Casa abandonada, canção do irmão, Luís, presente na sala e a quem foi dedicada.

2. Perdigão perdeu a pena, canção inédita, com letra de Camões.

3. Ah! Como te invejo, do segundo LP, Não, não me estendas a mão.

4.Perdidamente, inédita e dedicada à mulher.

5. Homenagem, título do primeiro LP.

6. Ah! Como odeio, também do segundo LP.

7. Pedro Louco, do segundo LP e com leve travo a Moustaki. Um sucesso de audição.

8. As aves cantam, do segundo Lp


Encore:


Hóspede, Pedro Louco e Anda Madraço, esta de um primeiro ep.


O espectáculo que José Almada deu em Viana do Castelo, em 11.7.2008, numa sala para concertos, anexa ao teatro Sá de Miranda, foi reveladora de tudo o que ficou escrito e ainda mais:

Aos 56 anos de idade, os temas de 1970 e 1975, soaram como novidades agradáveis e recentes, a ouvidos neófitos que acorreram para os escutar. A quem já os conhecia de ginjeira,o canto particular de José Almada, soou como a confirmação de um grande artista, de talento suficiente para emocionar uma plateia que esteja disposto a mergulhar no sentimento e evocação poética, garantindo uma viagem em sensações líricas e de melancolia controlada pela beleza simples da poesia da palavra portuguesa.

O alinhamento dos temas, passou pelos dois discos publicados, nessa época- , Homenagem e Não, não me estendas a mão- e ainda alguns inéditos, não gravados.

Partindo de uma apresentação em cantoria a solo, com acompanhamento singelo a guitarra acústica, José Almada tocou e cantou, cerca de 18 canções, num espectáculo com duas partes e contando com os três encores, a pedido de uma assistência entusiástica de amigos, admiradores e espectadores atentos.

O espectáculo, à semelhança do ocorrido em Ovar, na casa Contacto, em finais de Maio passado, foi organizado por amigos e admiradores entusiastas que aprontaram uma belíssima casa de espectáculos em modo de café-concerto, com centena e meia de lugares sentados e grande ambiente sonoro e acústico.

A expectativa, entre os presentes, vindos de vários lados, de Lisboa, Porto, Braga e da terra, era grande, porque a maioria, conhecendo o disco, nunca tinha ouvido José Almada ao vivo e deixaram de ouvir falar do mesmo, há mais de trinta anos, surgindo com a curiosidade de saber como era o José Almada de hoje, comparando-o com o de há mais de trinta anos, na presença e voz, gravada e fisicamente presente.

A apresentação do cantor, ao público do café do teatro Sá de Miranda, ocorreu assim, num ambiente de relativa surpresa. O som vindo do palco, revelou-se perfeito e de qualidade superior, na transposição da voz do cantor, acompanhado pela viola.

José Almada habituou-se a cantar em pé, perante o público que o escuta e nem a banqueta presente, o conduziu ao assento de repouso durante toda a actuação.

Começou por entoar as suas canções saídas de Homenagem e de Não, não me estendas a mão, os dois discos de referência, misturando-as com algumas inéditas. Com pequenos intervalos explicativos sobre a origem da letra e de pequenos apontamentos sobre o significado das canções, foi apresentando a essência da sua mensagem cantada, em tom de baladeiro, sem compromisso político evidente, ao contrário dos émulos que apareceram na mesma época e que fizeram história na música popular portuguesa.

Uma das canções, intitulada Casa Abandonada, composta em parceria com um irmão, aliás presente, e numa altura em que ambos nem contavam vinte anos, conta a história de vida das casas antigas que perderam a alma dos donos.

O que espanta, na música e canções de José Almada , é essa alusão explícita e constante, a perdas de coisas e bens, num despojo total, que paradoxalmente enriquece o espírito e sublima os sentimentos de perdas e a melancolia dos pesares mais profundos, numa poesia de coerência temática que acaba como emblemática do estilo do cantor. A música de José Almada, nesses temas, completa na perfeição, o sentimento poético subjacente aos poemas de autores como José Gomes Ferreira ou Fausto José, este, um autor local, do tempo do Douro.

A interpretação das canções antigas, pelo actual José Almada, contempla uma actualização na entoação e algumas delas, ganharam em vicacidade. Por exemplo, a ultra melancólica Vento Irado, do Lp Homenagem, cantada na primeira parte do espectáculo, ganha uma toada mais expedita e menos arrastada que no disco, retirando-lhe alguma carga de tristeza prolongada que na gravação, atinge quase as raias do insuportável, tal a intensidade da letra e música associada, num langor acompanhado pelas cordas e sopros da mais acentuada melancolia.

No disco, segue-se, a essa toada triste, a elegia sobre os Anjos que cantam e não cantam. Uma das mais belas canções do disco Homenagem, com letra de Carlos Oliveira, também foi cantada no espectáculo, em tom um pouco mais corrido, sem os requebros e embalos que emprestam a esse tema uma beleza etérea que apetece repetir e repetir na audição do disco. Na versão do espectáculo, a canção não perde a toada do requebro, ganhando o ritmo, embora desacompanhado do piano, que no disco complementa na perfeição o arranjo musical da canção.

A canção Hóspede, subentendida como Os Mendigos, é outra das grandes canções do disco e cuja interpretação ao vivo, não perde absolutamente nada, porque a riqueza melódica e lírica da canção, suporta completamente a interpretação desacompanhada de arranjos.

Outra das canções apresentadas e já ouvidas em espectáculos anteriores, é Oh Pastor que choras, a versão do poema de José Gomes Ferreira que o cantor Fausto também gravou na mesma época. Esta versão de José Almada, mesmo a apresentada em espectáculo ao vivo, suplanta essa versão de Fausto, na escolha da melodia interpretativa.

Em paralelo com Os Anjos Cantam, a canção Cala os olhos vagabundo, com poema de José Gomes Ferreira, é um primor do primeiro disco e que no espectáculo ao vivo, resulta em pleno como uma grande composição, a lembrar os grandes mitos do vagabundo andante, tentado pelo desconhecido maravilhoso.

O tema inaugural e principal de Homenagem, que lhe dá o título, é prejudicado nos espectáculos ao vivo, pela ausência da instrumentação que no disco lhe confere uma dimensão extraordinária. No entanto, ainda assim, o poema de uma força telúrica e evocativa, remonta a carência de instrumentação, pela força interpretativa.

Uma das novas canções, apresentadas no espectáculo, é uma versão do poema de Augusto Gil, Batem leve, levemente. Outra, a versão musicada do poema de Luíz de Camões, Perdigão perdeu a pena, num tema interessante, como nova composição inédita. Em complemento pessoal e de referência intimista, uma canção intitulada Perdidamente, dedicada especialmente à mulher, presente e com tempo recente e demasiado relacionada para permitir a distância crítica suficiente.

Do segundo LP, cantou As aves choram, Ferreiro velho e cansado ( por lapso de escrita, agora corrigido, não cantou esta) e principalmente Pedro Louco, repetida no final, a pedido da audiência, tal como aconteceu com Hóspede e uma canção de um ep, Anda Madraço, com que terminou o espectáculo.

Em registo sonoro,quase todas as canções deste segundo disco, resultam melhor em palco que no disco, principalmente Pedro Louco ( Ah! Se um dia o Pedro Louco). Nem a orquestração do disco, retira seja o que for à força interpretativa que a canção contém, apresentada em palco.

O espectáculo de Viana, de José Almada, conteve-se em dúzia e meia de canções, apresentadas sobriamente e com uma força interpretativa de empenho notável. A gravação do espectáculo, disponível dentro de pouco tempo, testemunha um grande evento, com um som cheio de musicalidade e palavras certas para os poemas dos discos de José Almada.

No fim, de pé, os presentes pediram-lhe, mais uma vez, Pedro Louco que é louco, é louco, é mouco é. Pediram-lhe ainda a repetição de Hóspede, com a toada dos mendigos e uma que não cantara antes: Anda Madraço.

No entanto, o verdadeiro remate do espectáculo, ocorreu perante uma dúzia de amigos, num pequeno bar da cidade, junto a um rio Lima silencioso e calmo. Perante um porto de mar atento, mas de guindastes já adormecidos, tocou novamente e em privado, a sua Homenagem e outras ainda e ainda uma que não cantou no início do espectáculo, como esperava: Não, não me estendas a mão.

Nem seria preciso. A sensibilidade elevada das suas canções, dispensa a mendicidade de sentimenos genuinos de autenticidade.


(Postal corrigido em 15.7.2008, após audição da gravação.)



9 comentários:

Edward Soja disse...

A gravação vai estar disponível em breve? De que forma?

Abraço.

jose almada disse...

Tenho 2 CD diferentes para enviar a quem me pedir e me mande a direcção.
Um é gravado do espectaculo de Viana no Verão passado ao vivo, e o outro é gravado do original (vinil) "Homenagem" dos anos 70/.
Com 30 e tal canções ao todo, algumas coincidem. O som do vinil "Homenagem" para CD não destingo, há quem o consiga mas eu não.
Apesar de tudo está muito bom.
A gravação ao vivo de Viana, é como a gravação de um disco, alto trabalho do senhor David.
Abraço-vos.
Zé Almada

jose almada disse...

Esqueceu-me tambem de dizer que posso disponibilizar o filme do espectáculo no "Passarola" DVD em Lisboa no dia 6 de Setembro de 2008 Organizado pelo IÉ-IÉ.Foi me oferecido pelo Daniel Bacelar que tambem actuou nesse espectaculo e conseguio filmar.
Tambem gosto, até me parece que fiquei melhor no filme que na minha própria actuação, talvez pelo barulho que se fêz sentir.

Nuno disse...

É já muito distante a primeira vez que tive contacto com estes temas. Apesar da idade à época aceitar melhor outro tipo de música. Não deixou de ser um choque a primeira vez que ouvi o primeiro LP em casa de uma colega de liceu, mas logo se estabeleceu uma ligação quase afectiva à referência melancólica dos temas. Ouvi vezes sem conta esse LP, até quase à exaustão! Porém, os colegas separam-se, cumprem-se destinos e a última vez que ouvi estes temas parece-me agora quase tão distante quanto a primeira audição.
Numa conversa recente entre amigos da época, vem à baila como quase sempre acontece, a Música e consequentemente as necessárias recapitulações das nossas preferências. Alguém invocou o nome de José Almada, e logo ali se trauteou em uníssono, com alguma lágrima a querer escorrer furtiva pelas nossas faces de homens com Sentimento:
- Jaiminho, tinhas moços, criados e lameiros…
Como ter acesso a estas músicas e relembrá-las na íntegra, às quais me liga uma vivência tão próxima e tão distante?
Um abraço,
Nuno Albuquerque
nuno.albukerk@gmail.com

preciso de uma ajuda disse...

EU SOU um Brasileiro moro no maranHÂo mais o meu maior sonho é copnhecere a familia de Almada que mora em POrtugal MAIS sou da classe baichar queria que mim Ajudassem.nome Sebastiâo Teles de Almada Silva

preciso de uma ajuda disse...

Eu sou da familia de Almada moro no maranhâo do brasil o meu maior sonho é conhecer portugal e esta familia linda estou pedindo uma ajuda ficarei muito alegre

jose almada disse...

Sebastião.
Comprendo-te, eu tambem sei que tenho familia no Brasil e o quanto gostaria de ir aí tambem. (tenho de falar com minha mãe pois ela é que percebe disso)talvez um dia tenha essa possibilidade o meu lema é não dar nenhum peixe mas ensinar a pescar, não tenho maneira de ajudar-te monetariamente mas fico torcendo para que possas vir. Mas atenção tal como diz na biblia "o reino dos céus já esta dentro de cada um de vocês"

jose almada disse...

Já não tenho mais CDs para dar.
Agora só quando sair o novo e a editora me disponibilisar alguns.

jose almada disse...

Dia 5 de Junho, no hotel Meia-Lua em Ovar, pelas 22 horas. Concerto de baladas. Musicas que fiz no passado e outras de agora.
Venha e traga amigos e a família.
Uma musica muito diferente que não o vai desinteriorizar de certeza, antes pelo contrário.