quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Sparks e Roxy Music



















O disco Kimono My House, dos Sparks, saiu em Maio de 1974, e durante o ano, foi divulgado extensivamente, pela Página Um.

O tema de abertura, This town ain´t big enough for both of us, enérgico e de originalidade vocal e instrumental, na sequência de um certo glamour-rock, atinava o ouvinte para o tema seguinte, precisamente Amateur Hour, do mesmo género. E a seguinte, idem. O resto ia todo de embalada.

A experiência sonora, pela originalidade vocal e instrumental, só encontraria paralelo num dos primeiros singles dos Queen, Seven seas of rhye.

Na altura, um amigo meu, arranjara o disco e ouvíamo-lo vezes sem conta, do princípio ao fim.

Ainda mal digeriamos o som deste LP, quando, logo em Janeiro de 1975, a mesma Página Um, começa a passar os acordes de teclado de Never turn your back on mother earth, do LP seguinte, Propaganda. Este, em competição com o LP Country Life dos Roxy Music.


Na minha classificação pessoal desse mês de 1974, figurava o Roxy Music em primeiro lugar, certamente por causa de Prairie Rose ou The Thrill of it all que ainda hoje ouço com o mesmo gosto. A seguir, os Sparks, depois os Man ( Slow Motion) os Barclay James Harvest e os Splinter e Rolling Stones, de It´s only rock n´roll.

Quanto aos Sparks, ficava por vezes todo o programa à coca, para ouvir o tema, nas primeiras vezes. Na emissão de 13.1.1975, passou em último lugar...

A capa do disco dos Roxy, entretanto, sofria adaptações, conforme o país onde saía. A imagem da direita é do disco do...Canadá.



















Músicas de 74

Em 31 de Dezembro de 1974, às 7 e 30 da tarde, como habitualmente, o indicativo da Página Um, na Rádio Renascença, tocava a música dos Pop Five, com o mesmo nome e composto de propósito para o programa.
O locutor, de voz sóbria, era Luís Filipe Martins que nesse dia dedicou a emissão a uma retrospectiva do ano que passava.

Como habitualmente, o meu rádio estava sintonizado para a frequência devida e com papel quadriculado e lápis ( Staedtler nº2), ia anotando, música a música, tema a tema, o alinhamento do programa desse dia, à semelhança do que iria fazer ao longo do ano seguinte.

O papel é este. O rádio é o da imagem ao lado e que ainda toca, nos transistores aquecidos na minha cozinha, todos os dias.





















Entre os diversos temas que não perderam nada com o passar do tempo, destaco o dos Sparks - Amateur Hour, do LP Kimono my House; Sandy Denny, do album Like an old Fashion Waltz, o tema Solo; Rory Gallagher e o tema ao vivo Tatto, de um Lp do Reading Festival; Graham Nash e Prison Song, do LP Wild Tales; o francês Maxime Le Forestier, com Si tu étais né en Mai; A Banda do Casaco, apresentado pela primeira vez no mês de Outubro desse ano, com Lavados, lavados sim, Gary Shearston, ( ainda identificado como Chesterton, como o escritor)com I get a kick out of you; Clifford T. Ward ( que esteve em Lisboa) com Jane.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Lisboa, 1974


No final do mês de Junho de 1974, estive em Lisboa. Fui a uma RGA na Aula Magna e fartei-me de ver cinema em meia dúzia de dias. Um dos filmes, em matinée, no cinema Royal, na Graça, era com o Christopher Lee, mas já nem lembro qual.

Os bilhetes ainda estão aqui. Incluindo um, de uma máquina de pesar: 54 Kg. Bom tempo. Apesar da sina, um tanto ou quanto perigosa...