terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pink Floyd, the wall


Em finais de 1979, a música popular tinha perdido mais de metade do interesse, para mim.
Durante todo esse ano, o número de discos publicados com valor que resistiu ao tempo, foi muito pequeno, relativamente a outros anos da década.

Actualmente e em retrospectiva aguentam-se como discos de referência da pop/rock, os de Supertramp, com Breakfast in America; Frank Zappa e Sheik Yerbouti, mais Joes´garage,1; Bee Gees e Spirits having flown; Roxy Music e Manifesto; Doobie Brothers e Minute by Minute; Neil Young e Rust never sleeps; JJ Cale e 5; Dire Straits e Communiqué; Ry Cooder e Bop till you drop e ELO com Discovery.

Em Novembro/Dezembro saiu The Wall, dos Pink Floyd, em disco duplo e que concitou a atenção geral dos rádios, com o single Another brick in the wall.
O disco começou a ser passado no rádio e com análise de alguns comentadores que glosavam os temas como um petisco sonoro e intelectual a saborear com calma e tempo.
Na verdade, o disco contém alguns bons temas musicais da autoria de Roger Waters, sendo considerado quase um disco a solo.
O tema de introdução, In the flesh, desenvolve-se depois pelo tema da educação, com o Another brick e o refrão "we don´t need no education..."
Logo a seguir, porém, surge o acústico Mother e acaba assim o lado um do LP.
No lado dois, um dos temas importantes, One of my turns, precedido por monólogos femininos em visita de casa, depois de passar pelo tema floydeano e favorito de concertos , Young Lust, precisamente um tema Waters/ Gilmour, com destaque para a guitarra deste.
O lado três, começa com Hey You e prosssegue com "is there anybody out there?, sussurrado em canto, a introduzir outro tema forte, Nobody Home, que termina em típica toada Pink Floyd. O lado termina com Confortably Numb, um dos picos do disco.
O último lado contém In the flesh, run like hell, outro tema de concerto e termina com The Trial.

De todas as vezes que ouço o disco, lembro-me da apreciação dos críticos da época ( João Filipe Barbosa, por exemplo) que referiam a obra como de grande densidade a suscitar estudo aturado dos temas e com digestão intelectual adequada. Tal como o fizeram com o disco dos Genesis, The Lamb lies down on Broadway, de 1975.

3 comentários:

MARIA disse...

Estes já os conhecia relativamente bem.
É bom recordar.

Ljubljana disse...

O the wall é realmente uma referência da era waters. Dos genesis, só gostei do período criativo de influência gabriel. O collins é um baladeiro, não compõe nada de jeito. A aprtir do abacab, inclusivé, acho que os genesis não fizeram nada de jeito, até o banks, o hackett e o rutherford, que na era gabriel compunham alguma coisa de jeito, na era collins, népia.

fjbl disse...

Claro que me lembro do the Wall, especialmente do filme que vi,se não me falha a memória no 3º balção do Tivoli, com o sistema sonoro a debitar "db" tipo concerto Iron Maden.Como curiosidade perto de mim ficou sentado o Camilo de Oliveira,a quem eu perguntei se tinha gostado do filme.Ele simpáticamente respondeu-me afirmativamente , mas que esperava melhorar rápidamente dos ouvidos, porque no dia seguinte tinha espéctaculo !!!.