quarta-feira, 14 de março de 2012

Frank Zappa

Descobri a música de Frank Zappa em meados dos anos setenta, provavelmente em 1975 em programas de rádio. Antes disso tinha visto imagens e pósters do artista iconoclasta e lido um ou outro artigo em revistas de especialidade ( Rock & Folk).
Não me lembro qual foi o primeiro disco que ouvi mas poderá ter sido um dos quatro apontados na imagem, mais precisamente o do lado esquerdo ao alto, One Size fits all, saído no Verão de 1975. Ou então, o do ano anterior, Apostrophe, à direita ao alto. Ou mesmo Overnite Sensation, de 1973 e ao centro em baixo, espalmado para mostrar o desenho da capa.
Esses três discos de Zappa eram passados várias vezes nos programas Espaço 3P ( Boa noite em FM, Banda Sonora e Perspectiva), à noite. Lembro-me de um deles, provavelmente One size fits all ser da preferência de um magnífico apresentador de rádio que já morreu, Jorge Lopes e que fazia também locução em provas desportivas de atletismo.
A parte final do álbum, com o som grandioso de Sofa nº2, depois de ouvir Florentine Pogen, Evelyn a modified dog e outras era o culminar da experiência sonora da noite.
Desde então não mais esqueci os discos de Frank Zappa que procuro ter na versão original que soa bem melhor que as edições em cd, da Rykodisc, publicadas já depois da morte do artista em Dezembro de 1993.
Em 1976, o disco Zoot Allures, em baixo à esquerda foi o seguinte e depois desse, em 1978 Studio Tan e depois um disco instrumental, em 1979, Sleep Dirt que me lembro de ter ouvido a primeira vez na discoteca Vadeca, em Coimbra, possivelmente através de uma aparelhagem Quad, gira-discos Sansui e colunas de som da Wharfdale. Um som que ainda hoje lembro e que associo a outra música que aí ouvi na mesma altura: Driftwood do álbum Octave dos Moody Blues.
Por muita aparelhagem maravilhosa que me seja dado ouvir, esses sons nunca serão ultrapassados.
Depois desses discos de Zappa apareceram os dos anos oitenta, numa sequência infernal e prolífica que agora sabe bem ouvir mas na altura era demais. O tríptico Joe´s Garage e You are what you is, um dos primeiros discos que comprei, em 1982.
A discografia de Zappa é extensa e contém várias dezenas de originais. Todos de grande qualidade e variedade.
Os primeiros discos, dos anos sessenta, só os ouvi na década de 2000, em cd´s da Rykodisc.
Ultimamente ouvi novamente e muitas vezes os discos antigos dos setenta, na versão original em lp. Studio Tan e o tema Greggary Peccary é uma pequena maravilha, ouvida repetidas vezes assim como o são os três discos da sequência Joe´s Garage. Ou Sheikyerbouti. Ou Ship arriving too late; ou Them or us.

domingo, 11 de março de 2012

Blonde on Blonde outra vez

Estas três imagens, mais uma, do mesmo disco de Bob Dylan, Blonde on Blonde significam três sonoridades distintas. O disco já por aqui foi comentado em tempos. Porém, só agora me foi dado ouvir o LP original, na versão mono e com imagem à direita, em prensagem americana.
Os Lps alinhados são de origem espanhola, dos anos setenta ( referência S 66012 de 1971); checa ( referência 21 0065 6 1302, de 1991) e a original ( referência C2L 41, de 1966) e o cd da Columbia/Legacy, rematrizado em super bit mapping, com 20-bit digital, colecção Mastersound, de 1994.

Tal como a capa dos Lp´s. com tonalidades diferentes entre si, a cor que prefiro é a original, da direita. As cores estão mais suaves e calorosas. E o som também, embora reconheça que a versão em cd é de muito boa qualidade e a prensagem checa melhor que a espanhola. Contudo, a versão mono ouve-se melhor em auscultadores porque mais relaxante e equilibrada. E no interior da capa desdobrável, aparece uma foto de Claudia Cardinale que depois, em edições posteriores, desapareceu.