terça-feira, 10 de julho de 2012

Hermann, Bernard Prince e Comanche

As aventuras de Comanche e Bernard Prince, desenhadas por Hermann foram das primeiras que me encantaram no Tintin, em 1972, tanto na edição portuguesa como na original, belga. Comanche descobri-a logo na edição belga com a saga dos Dobbs e o episódio Os lobos do Wyoming.

A historieta intitulada A Fornalha dos condenados, da série Bernard Prince,  publicada no Tintin nacional em 1973 tinha um conteúdo temático que ainda hoje é interessante: um incêndio gigantesco, numa ilha e as aventuras para de lá sair. As imagens, nas duas páginas semanais, sucediam-se com interesse renovado todos os Sábados. 
Tinha apanhado a historieta A passageira, da mesma série, logo no primeiro número do Tintin que comprei- em19.2.1972, a meio e tinha sido uma revelação gráfica.
No mesmo ano de 1973, em Março,  o Tintin belga começou a publicar uma das melhores historietas da série, se não a melhor- Guerrilha para um fantasma. O número da revista de 13.3.1973 tinha esta capa e contra-capa- uma pequena maravilha.









sexta-feira, 6 de julho de 2012

Banda desenhada, há 40 anos: essencialmente, o Tintin

Há quarenta anos, a par da música do rádio que ouvia religiosamente, havia a leitura de banda desenhada do Tintin que tinha descoberto no início desse ano de 1972, com o nº 42 de 11.3.1972, a par do jornal do Cuto, que já ia no nº 31 em 2.2.1972.
As diferenças entre as duas revistas eram de vulto. O Tintin baseava-se na banda desenhada franco-belga, publicando as historietas que apareciam originalmente no título homónimo originalmente belga e ainda a Pilote francesa. O jornal do Cuto publicava-se a preto e branco ( com excepção da capa e contra-capa) e trazia banda desenhada de expressão mais americana, mesmo do Sul ( A. Salinas, Arturo Castillo e Jesus Blasco, por exemplo) e ainda Alex Raymond ( Flash Gordon) ou Russ Manning ( Tarzan).

Uma historieta que me cativava há quarenta anos, nesta mesma altura, era a que abria a revista de 1.7.1972: "A missão do major Redstone" de Laudy e Duval. Mas também me interessava muito a história das aventuras de Lefranc, um repórter investigador, desenhado por Jacques Martin, com argumento de Bob de Moor.

Por essa mesma altura- Julho de 1972- comecei a reparar que a revista original, Tintin belga, também se vendia no mesmo local onde comprava a edição portuguesa, geralmente aos Sábados no final de manhã, antes das 12:30, altura em que a livraria Bertrand fechava.

Assim, em Agosto desse mesmo ano deixei-me tentar pelo primeiro número da revista, datado de 1.8.1972 e que trazia na capa uma ilustração de Dany sobre Olivier Rameau.
Porém, o prato forte da minha satisfação artística vinha nas páginas interiores: Comanche, de Hermann. Fantástica aventura e desenho fabuloso. Este:
Assim, quando vi na montra da livraria esta capa da edição de 15.8.1972 fiquei fascinado e rendido ao génio artístico de Hermann que comparava a Jean Giraud, autor de Blueberry.


O interesse nos Tintins durou cerca de dois anos. Em finais de 1974, a beleza e o fascínio dessas imagens impressas e as historietas que lhes davam forma, esmoreceu porque durante o Verão desse anos descobri a revista Pilote e o mundo desenhado ainda mais fascinante da fantasia heróica e da ficção científica, para além das historietas um pouco mais elaboradas da autoria de um Tardi, de um Fred ou de um Moebius. Pode dizer-se por isso mesmo que a adolescência ficou algures para trás e sem remissão, nesse período de tempo.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

40 anos, hoje

A inscrição na página da revista Mundo da Canção de Abril de 1972 faz hoje 40 anos. Por esta altura preparava-me para ouvir a Página Um, na Rádio Renascença, prestes a começar, às 19:30. Previsivelmente estava calor, como hoje não está e estava de férias como hoje não estou.
Ainda assim, belíssimas memórias me deixam estas coisas. O mês de Julho, a mim, cheira-me a palha e água de maré.
Na época o álbum Manassas de Stephen Stills e particularmente a canção What to do,  faziam as delícias da audição, tal como um tema de  dos Pink Floyd, Fearless, do Lp Meddle.






 

Em seguida ouvia-se Pedro Só, cantado por Manuel Freire. 1972 era assim e era muito bem.